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Júpiter Maçã (Brasil) e Jupiter Apple (exterior), nome artístico de Flávio Basso (Porto Alegre, 26 de janeiro de 1968). É um cantor, guitarrista e compositor brasileiro, ex-integrante de duas das maiores bandas de rock gaúcho da história, TNT e Os Cascavelletes.

Seu primeiro disco solo, “A Sétima Efervescência” (1997), é calcado nos moldes de “The Piper at the Gates of Dawn”, do Pink Floyd, com psicodelia e experimentação (e, por um leve momento, um prenúncio de sua obra ulterior, o final de "Sociedades Humanóides Fantásticas", uma bossa-nova psicodélica). As músicas desse disco são grandes referências do rock gaúcho. Contém algumas fixadas no imaginário underground, como "Lugar do Caralho" (regravada por Wander Wildner no disco “Baladas Sangrentas”) e "As Tortas e as Cucas".

 

Após experimentar um grande sucesso com o lançamento desse disco, torna-se Jupiter Apple, compõe em inglês, e decide misturar bossa-nova e vanguarda. Muitos fãs não o entenderam, preferindo a psicodelia "simples" d'A Sétima. Essa mistura inusitada está muito bem feita no seu segundo disco, “Plastic Soda” (1999). Ele começa com uma canção de nove minutos, "A Lad and a Maid In the Bloom", que define o caráter inovador do disco.

 

Em 2002 é lançado “Hisscivilization”, o disco mais ambicioso (e talvez incompreendido) de Jupiter Apple. Longas experimentações eletrônicas (destaque para "The Homeless And The Jet Boots Boy"), bossas elétricas e lounge, valsa, cítaras e MOOGs, condensados em momentos, ora de leveza, ora de paranóia. É seu disco mais hermético: se, para os que estavam acostumados com o rock and roll d'Os Cascavelletes, a A Sétima Efervescência já era algo inesperado (psicodelia em doses cavalares), a reação causada pelos dois discos da fase Apple são ainda mais dramáticas.

 

Em 2006 era esperado o lançamento do disco “Uma Tarde na Fruteira”. Nele, o "Apple" volta a ser "Maçã", mas continua explorando o lado brasileiro e experimental, com músicas já eternizadas no subconsciente do underground porto-alegrense, como "A Marchinha Psicótica de Dr. Soup". Esse álbum pode ser considerado o mais acessível do autor. De certa forma, tudo que já foi composto pelo Júpiter está resumido neste disco: desde canções mod sessentistas, levezas jazz, baladas domingueiras e bob-dylanescas, concretismos e timbres eletrônicos.

Álbuns de estúdio

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