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Um dos grupos mais conceituados do mundo indie pop, “Belle and Sebastian”, já está com data marcada para vir ao Brasil. Dia 16 de outubro, a banda escocesa que completa 20 anos de carreira, chega ao Rio com o apoio dos empolgados do Queremos! para uma única apresentação na cidade, no Vivo Rio. Liderado por Stuart Murdoch, o sexteto vai trazer para os cariocas as canções inéditas de seu mais recente álbum, “Girls in Peacetime Want to Dance”, lançado no início deste ano, além dos grandes sucessos que marcam sua extensa carreira. Essa é a terceira vez que o grupo se apresenta no Brasil. A última foi em 2010, com a turnê do disco “Write About Love”, promovida também pelo Queremos! que tiveram ingressos esgotados.
Criada nos anos 90, pode-se dizer que “Belle and Sebastian” representava na época o que mais se aproximava do espírito de banda independente. O primeiro disco, “Tigermilk”, veio de 1996 e de lá pra cá a banda teve um papel preponderante no cenário pop, conquistando fãs ao redor do mundo e influenciando inúmeras bandas com seu som retrô. O grupo também enveredou pelo mundo no cinema, compondo trilhas sonoras para filmes como, “Storytelling” (2001), de Todd Solondz; “The Power Of Nightmares” (2004), de Adam Curtis; e “Juno” (2007), de Jason Reitman, além de fazer memoráveis parcerias com nomes consagrados, como Trevor Horn, Carey Mulligan e Norah Jones.
“Girls in Peacetime Want to Dance” é o nono disco de estúdio da banda, atualmente formada por Stuart Murdoch (vocal, guitarra e teclado), Stevie Jackson (vocal e guitarra), Chris Geddes (teclado), Richard Colburn (bateria), Sarah Martin (teclado, violino, flauta e vocal) e Bobby Kildeas (baixo). Gravado em Atlanta e produzido por Ben H. Allen (que já trabalhou com nomes como Cee-Lo Green, Bombay Bicycle Club e Animal Collective), o disco faz uma incursão ao synthpop trazendo uma pegada eletrônica dançante, até então pouco explorada pelo grupo. A intenção de ganhar as pistas de dança já fica registrada na primeira canção do álbum, “The Party Line”, além de em “Enter Sylvia Plath” (nome da poetisa norte-americana que se suicidou nos anos 60), que se destaca como uma das mais diferentes ao flertar com o eurodance.
Outras influências já declaradas por Murdoch, como a Tropicália, também está lá, mais precisamente na faixa, “Perfect Couples”. Antes da formação da banda, Murdoch foi diagnosticado com Síndrome de Fadiga Crônica, problema que acabou sendo abordado em “Nobody’s Empire”, trazendo um tom autobiográfico nunca antes explorado pelo vocalista. O repertório do show conta ainda com “The Book Of You”, “The Everlasting Muse”, “Today (This Army’s for Peace)” e “The Cat With The Cream”, a primeira lançada na rede para anunciar o novo disco.
