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Em entrevista ao site pitchforkmedia, Geoff Barrow, do Portishead, lamentou ter que dividir o palco com artistas como o Coldplay

Questionado sobre qual o pior aspecto de tocar em festivais na Europa, aos quais Barrow se refere como "tretas corporativas", o músico responde: "Tocar ao lado do Coldplay, com aqueles canhões de água e fogos de artifício ou sei lá o que é. Por favor". 
 
"Isso ou o Bruno Mars. Ainda há pouco falei com o Mogwai sobre isso. Nos perguntamos: como é que acabamos no mesmo line-up que estas bandas? Até que você percebe que, se está tocando no mesmo festival que essas pessoas, elas é que estão bem e você é que está mal. Você é que tem se mudar, não são eles". 
 
"Felizmente, temos tocado muito com o Arcade Fire, e com eles nos damos muito bem", diz Geoff Barrow. "Mas você acaba tocando em festivais em que as pessoas estão lá só para tirar fotografias com os amigos, para poderem riscar isso da lista de coisas para fazer na vida. Não tem nada a ver com a música". 
 
Na mesma entrevista, Geoff Barrow confessa que há tempos não apreciava a experiência de dar um concerto. "Durante muitos anos, pensei que, se não apresentássemos sempre um concerto diferente, ia ser uma desilusão. (...) Não quer dizer que hoje já não tomemos atenção aos pormenores, porque tomamos. Mas também tem a ver com estarmos mais velhos: por estarmos numa banda há 20 anos e já termos filhos, percebemos que as pessoas querem identificar-se com a Beth e as suas canções, e isso é ótimo". (Blitz/Pitchfork)

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