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Pista 100,00

Mezanino 130,00

Camarote 160,00

 



Classificação etária : 12 anos

 

 Living Colour é uma banda americana que surgiu na cena hard rock mundial em 1984. A formação original trazia Vernon Reid, guitarrista inglês radicado nos Estados Unidos, o baterista William Calhoun, o baixista Muzz Skillings e o vocalista Corey Glover.



Mais do que “mais uma banda” dentre várias que surgiam todos os dias nos acalorados anos 80, o Living Colour veio para mexer e remexer o caldeirão do rock, seja com uma completa fusão de ritmos, seja revirando e lançando por terra conceitos e pré-conceitos que dominavam o meio musical da época. Bandas integradas somente por negros não tinham muito espaço no rock e ficavam restritas ao cenário hip-hop.



Mas de nada teria adiantado o discurso anti-segregação racial do grupo se não houvesse também uma boa fundamentação musical e isso, sem exagerar, sobrava no Living Colour. Seus integrantes, músicos virtuosos advindos do jazz, passeavam com maestria também por elementos como rock, funk, punk, rap, heavy metal e, com facilidade, ganharam fama nos principais clubes de Nova York. Em pouco tempo já eram a nova cara do funk rock alternativo.



Claro que talento também precisa daquela dose de sorte, o “estar no lugar certo na hora certa” e ela veio quando um encantado Mick Jagger surgiu em um dos clubes novaiorquinos em que o LC se apresentava e quis conhecer os músicos. Dali até o popstar se prontificar a produzir a demo da banda foi um pulinho. Entrar, por meio dessa fita demo, na Gravadora Epic... foi outro pulinho. E Mr. Jagger ainda deu canja no álbum de estréia: “Vivid” (1988). Na turnê em que abria o show dos Rolling Stones, a música "Cult of Personality" virou hit absoluto, ecoou por quase todo o planeta e deu ao LC o Grammy 89 de “melhor performance de hard rock”.



O Living Colour tinha demarcado seu espaço e o mercado fonográfico também se rendia, abrindo mais portas para bandas de rock formada por negros. Com isso o grupo pôde lançar seu segundo álbum: "Time´s Up". Como no primeiro, muita inspiração e ecletismo estavam presentes também nesse segundo trabalho. Resultado: Mais um sucesso de vendas e outro Grammy.



Claro que mudanças causadas por opiniões divergentes também fazem parte da história da banda e, em 92, o baixista Skillings sai e é substituído por Doug Wimbish, músico talentoso e um dos pioneiros do contrabaixo no hip-hop.



Em 93, mais um lançamento fonográfico: “Stain”. Talvez o trabalho mais “pesado” do Living Colour. E o de repercussão mais discreta também. Em 94, sem muitas explicações e às portas da gravação do quarto álbum, Vernon Reid, líder fundador da banda, deixa os parceiros e encerra um ciclo. Sem ele os outros não quiseram continuar.



Foram seis anos de separação em que os músicos dedicaram-se a outras bandas e trabalhos individuais. Até que, em 2000, juntaram-se novamente para apresentações no CBGB, clube de Nova York onde tudo havia começado.



Em grande parte os créditos pelo ressurgimento da banda são atribuídos aos próprios fãs, sobretudo os tupiniquins com os quais o baterista teve muito contato quando veio ao Brasil, por diversas vezes.



"CollideOscope", álbum de 2003, reflete bem essa nova fase e soma elementos eletrônicos à sonoridade da banda , mas o resultado final não agradou muito os músicos.





LIVING COLOUR NO BRASIL - AO VIVO E A CORES



O grupo veio pela primeira vez ao Brasil em 92, para a terceira edição do Hollywood Rock. Apesar de não ser tratado pela organização do evento como a maior atração, roubou totalmente a cena, atraiu a atenção do público e, sem muita firula e munido de competência e som contagiante, fez de sua apresentação vibrante e barulhenta o melhor show do festival. Platéia e crítica se juntaram em rasgados elogios para o que, até hoje, é considerado um dos mais memoráveis shows de rock realizados em nosso país.



O quarteto voltou mais algumas vezes. Em 2004 e 2007 fez apresentações contagiantes e cheias de empatia com seu público fiel.



Em mais de duas décadas de carreira o Living Colour continua a todo vapor, com uma trajetória marcada muito mais pela preocupação com a qualidade e coerência artística do que com modismos comerciais. Mistura musical e racial, fusões ricas de ritmos e sons que acabam se transformando em sucesso de público e crítica.



Agora, em outubro de 2009, a banda aterrissa por aqui com a turnê “The Chair In The Doorway”, seu novo e aguardado álbum de estúdio após uma lacuna de cinco anos. O lançamento mundial acontece nos Estados Unidos no dia 15 de setembro e em seguida eles vêm para brindar o público brasileiro com seis apresentações.

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