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O Bombay Bicycle Club é uma das atrações confirmadas para o festival Planeta Terra, que acontece no próximo mês de novembro, em São Paulo. Na entrevista abaixo, o guitarrista Jamie MacColl fala justamente de festivais, do novo disco e aproveita para provocar Liam Gallagher, do Beady Eye, que se apresentará no mesmo festival. Confira!

No último dia 29 de agosto, os ingleses do Bombay Bicycle Club lançaram seu terceiro disco pela Island Records, sob o título "A Different Kind of Fix" (2011), defendendo o privilegiado status alcançado na cena de seu país graças aos seus primeiros dois álbuns, "I Had the Blues But I Shook Them Loose" (2009) e "Flaws" (2010). 

Essa fama e reconhecimento propiciaram que seu nome aparecesse com destaque no último Festival Internacional de Benicàssim, mas antes de se apresentarem no festival espanhol, Raúl Julián, do Muzikalia, conversou com Jamie MacColl, guitarrista do quarteto britânico.

O que significa o título de seu novo álbum, "A Different Kind of Fix"?

Não creio que nós mesmos estejamos muito seguros de seu significado. Trata-se apenas de um título que surgiu há algum tempo através de Jack e que gostamos. Para mim funciona, porque estamos nos afastando da sonoridade presente em nosso último disco. 

Diria que "A Different Kind of Fix" é seu melhor trabalho?

Acredito que sim, é o nosso melhor disco até o momento.

É também o mais ambicioso?

Eu diria que nosso disco "Flaws" foi o mais ambicioso, porque estava muito distante do que tínhamos feito antes e não sabíamos como seria recebido. Como músicos, sem dúvida, este álbum foi o mais difícil.

Que diferença destacaria neste novo álbum em relação aos anteriores?

Acredito que a principal diferença está no uso da eletrônica. O álbum tem samples, loops e beats eletrônicos.

Você tocou no FIB, um festival com grande público britânico. O que esperava encontrar ali?

Bom, na realidade fomos fãs desse festival durante anos, principalmente depois de deixar a escola...porém, sabíamos que o FIB basicamente era uma grande festa!

E tocar em um festival... Muda de alguma forma o tipo de show que vocês fazem?

Simplesmente tratamos de mostrar muita energia em cima do palco!

Prefere tocar em um festival ou em uma turnê própria? Qual a diferença?

Ambas opções tem sua parte boa e ruim. Pessoalmente prefiro nossas próprias turnês. Ainda que não haja nenhum problema com as apresentações como a do FIB, porque tocamos de noite, o que eu realmente não gosto dos festivais é quando temos que tocar de dia. É estranho tocar debaixo de sol!

Como se sente dividindo o palco com outras bandas como Arctic Monkeys, Primal Scream e Big Audio Dynamite?

É emocionante! Vi o Primal Scream tocando "Screamadelica" há alguns meses e é um grande espetáculo. O que o Beirut faz também.

O que pensa da atual cena musical britânica?

Acredito que neste momento há um muitas bandas interessantes em atividade, mas acredito que cada vez é mais difícil que uma banda indie rompa a barreira do mainstream.

Em 2010, o NME os nomeou como "Melhor Banda do Ano". Qual a importância dos prêmios e da imprensa musical britânica para a carreira de uma banda?

Não estou seguro da importância dos prêmios, com exceção do Mercury Prize. Por outro lado, a imprensa sempre será importante, no entanto existem artistas que vendem milhões de discos apesar de ter uma imprensa má.

Em que momento se deu conta de que tinha alcançado o sucesso?

Não acredito que somos um grande sucesso! Mas se torna aparente quando te reconhecem na rua. São esses pequenos detalhes na realidade.

Como foi a polêmica do grupo com Liam Gallagher? Você escutou o disco do Beady Eye?

Eu acho que você quer dizer quando ele disse que o nosso nome era uma merda ... Eu não ouvi o álbum do Beady Eye, por isso não vou dizer que é uma merda. No entanto, eu acho que o tempo do Liam Gallagher já passou...

Entrevista: Raúl Julián (Muzikalia)
Tradução: Adriano Moralis (MuzPlay)