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Com apenas dois álbuns em sua curta história, o primeiro intitulado "The Decline Of The British Sea Power" (Rough Trade/2003) e seu recente lançamento "Open Season" (Trama/Rough Trade 2005), esse grupo de Brighton (Inglaterra) vem sendo apontado como uma das mais promissoras bandas do rock britânico.



Longe da badalação de companheiros como Franz Ferdinand ou Bloc Party, sutilmente o British Sea Power vai escrevendo sua história com boa música e excelentes composições, mas aqui fica evidente que existe uma ligação com a sonoridade já praticada por outros artistas, principalmente David Bowie e Echo & The Bunnymen. Porém, muitas outras coisas passam pelo processo criativo desses rapazes, aliás, a banda que é formada pelos irmãos Yan (voz/guitarra) e Hamilton (baixo/voz), além de Noble (guitarra), Wood (bateria) e Eamon (teclado e percussão), tem um curioso trabalho artístico em suas capas de álbuns e singles, alguns deles vocês conferem abaixo.







A banda que começou em 2001 e foi contratada em seguida pela famosa Rough Trade, lar dos Smiths e de tantas outras bandas importantes, já excursionou com artistas como Pulp e Flaming Lips e em setembro se juntam ao The Killers, para sua turnê americana.



Abaixo você confere uma pequena entrevista com Yan, vocalista do British Sea Power, gentilmente cedida pela gravadora Trama ao MuzPlay:



No encarte do disco novo há uma citação que diz "passar nossos dias apostando em cavalos de três pernas com nomes bonitos". O que vocês querem dizer com isso?



Quando colocamos a frase lá, parecia fazer bastante sentido. Achava uma frase bastante bizarra, que eu nunca conseguia decifrar. Agora ela me parece significar algo positivo.



Como você vê o segundo álbum em comparação com o anterior?



Não sei qual disco eu gosto mais. Faz tempo que não os escuto. Na verdade, não tenho um ponto de vista. É um processo que ainda está em continuidade. Quando tudo terminar acho que vou ter o distanciamento necessário para analisar.







O disco foi muito bem recebido pela imprensa. O que você acha disso?



É claro que fico feliz com isso. É sempre legal ouvir alguém falando bem do seu trabalho. Não dá pra se achar tão imune ao que outros acham. Eu gosto de ler os diferentes pontos de vista sobre o que eu faço. Se bem que, na maioria das vezes, os jornalistas só repetem o que os outros já disseram.



Você não cansa de ler as comparações com o Joy Division?



Pois é, acho que alguns jornalistas já vêm com um software especial que os faz repetir o tempo todo as mesmas coisas, tipo Joy Division / uniformes militares / árvores. (risos)







Falando nisso, conta como essa história de enfeitar o palco com árvores começou?



Começou quando tínhamos uma noite em um clube. Olhávamos ao redor e achávamos o lugar horrível. Então decidimos levar umas árvores lá pra dentro e os freqüentadores curtiram. Ficamos surpresos. Além da decoração, o pessoal gostava do cheiro das árvores.



Os dois últimos singles trazem como lados B covers de artistas bem diferentes entre si: Leadbelly e Múm. Existe relação com o som de vocês?



Eles se parecem com o lugar de onde vieram. Fazem uma música primitiva, crua, e ao mesmo tempo forte e atmosférica, como a nossa. Foi meu irmão quem sugeriu as músicas e nós concordamos.







Vocês já fizeram turnês ao lado de bandas como Flaming Lips, Interpol e Strokes. Qual foi a favorita?



O Interpol. Foi nossa primeira tour na Europa e ficamos muito amigos deles. Além disso, a banda é muito boa.



Site oficial: www.britishseapower.co.uk


Por: Dagoberto Donato (Entrevista gentilmente concedida pelo site da Trama)

Texto: Adriano Moralis